Reforma Tributária: Quais setores serão mais impactados? Confira!

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A Reforma Tributária sancionada em 2025 no Brasil marca um passo importante na tentativa de simplificar e modernizar o sistema fiscal do país. Com o objetivo de aumentar a eficiência tributária, promover maior equidade entre os setores econômicos e reduzir a complexidade do sistema, a reforma altera profundamente a estrutura de cobrança de tributos.

No entanto, essas mudanças terão impactos variados nos diferentes setores da economia, exigindo adaptações estratégicas para lidar com os novos desafios. Neste artigo, analisaremos os setores mais afetados pela reforma, destacando as principais mudanças e os impactos que ela trará.

Setor de logística

O setor de logística será um dos mais afetados pela Reforma Tributária, com mudanças significativas na forma de tributação de mercadorias. A principal alteração muda a competência para a cobrança de impostos: os estados e municípios do destino das mercadorias passarão a realizar a cobrança, e não mais o local de origem. Essa mudança visa eliminar os benefícios fiscais regionais que, no passado, tornaram certos municípios, como Extrema, em Minas Gerais, “paraísos fiscais” para empresas de logística.

Além disso, a nova estrutura tributária pode aumentar os custos operacionais das empresas de logística em até 6%. Com a tributação agora ocorrendo no destino, as empresas precisarão repensar suas rotas de entrega e redesenhar seus centros de distribuição para se ajustarem ao novo modelo. Isso pode levar a um aumento significativo no custo de transporte e na complexidade operacional, exigindo investimentos em tecnologia para otimizar a logística e evitar perdas financeiras.

Setor de autopeças e farmacêutico

O setor de autopeças e o setor farmacêutico também sofrerão mudanças consideráveis com a extinção dos Regimes Monofásicos de PIS e Cofins. Até então, esses setores eram beneficiados com um sistema de tributação concentrado na origem, o que simplificava a gestão fiscal e reduzia a carga tributária. Com a Reforma Tributária, a tributação passará a ser distribuída ao longo de toda a cadeia produtiva.

Essas mudanças aumentarão a complexidade fiscal e, consequentemente, os custos operacionais das empresas desses setores. A necessidade de adaptação será ainda mais intensa para as empresas que possuem uma cadeia produtiva extensa, como as de autopeças e medicamentos. Para se adequar ao novo sistema, será necessário investir em tecnologia para a automação dos processos fiscais e em capacitação para os funcionários, o que pode representar um custo adicional considerável.

Pequenas e Médias Empresas (PMEs)

Embora o regime do Simples Nacional tenha sido mantido, as pequenas e médias empresas (PMEs) também enfrentarão desafios indiretos significativos. A introdução do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) exigirá ajustes nos sistemas de gestão tributária, além de mudanças nas estratégias operacionais.

Essas empresas precisarão se adaptar a uma nova realidade fiscal, em que a transição para o novo modelo tributário pode gerar impactos significativos, como aumento da carga tributária ou dificuldades na gestão fiscal. Além disso, a complexidade gerada pela unificação de tributos e pela distribuição da tributação ao longo de toda a cadeia produtiva exigirá que as PMEs invistam em novas tecnologias e busquem assessoria especializada para evitar impactos negativos na competitividade.

Embora o Simples Nacional permaneça em vigor, o novo sistema de tributação impõe mais complexidade, e as PMEs precisam planejar cuidadosamente sua tributação para mitigar os efeitos adversos e garantir que continuem competitivas no mercado.

Setor de tecnologia

O setor de tecnologia também enfrentará mudanças relevantes com a Reforma Tributária. A alteração na competência tributária entre estados e municípios afetará diretamente a tributação de serviços digitais. Empresas de tecnologia terão que se adaptar a um novo sistema de tributação, que pode gerar insegurança jurídica, além de custos adicionais com a adequação dos sistemas fiscais.

A mudança de competência, que altera a forma de arrecadação dos tributos conforme a localização dos consumidores ou do prestador de serviços, exigirá que as empresas de tecnologia invistam em tecnologias mais avançadas para gerir suas obrigações fiscais. A carga tributária para empresas desse setor pode variar entre 26,5% e 28%, dependendo das adaptações necessárias para atender às novas exigências fiscais.

Além disso, a transição para o novo modelo de tributação poderá afetar a competitividade das empresas de tecnologia, que terão que lidar com a complexidade da distribuição de tributos e com o aumento de custos operacionais.

Setor de bebidas alcoólicas e tabaco

A Reforma Tributária também impactará significativamente o setor de bebidas alcoólicas e tabaco. O governo passará a tributar esses produtos por meio do Imposto Seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”. Esse novo tributo incidirá sobre itens considerados prejudiciais à saúde pública e ao meio ambiente, como bebidas alcoólicas e produtos de tabaco.

O Imposto Seletivo será monofásico e cumulativo, o que significa que será cobrado em uma única etapa da cadeia produtiva e terá efeito sobre o preço final do produto. Isso poderá resultar em aumentos nos preços desses produtos, impactando tanto os consumidores quanto as empresas do setor. As empresas de bebidas alcoólicas e tabaco terão que repensar suas estratégias de precificação e distribuição, uma vez que o novo imposto pode alterar a dinâmica do mercado e reduzir a competitividade.

Setor atacadista

No setor atacadista, a eliminação de benefícios fiscais regionais representará um desafio considerável. Centros de distribuição em cidades com incentivos fiscais precisarão ser reposicionados, já que a tributação será no destino, e não mais na origem.

Empresas atacadistas terão que repensar suas estratégias logísticas, já que a nova tributação pode impactar custos de transporte e localização dos centros de distribuição. Um planejamento logístico mais eficiente será necessário para evitar aumentos de custos e garantir que as empresas possam manter sua competitividade no mercado.

Conclusão

A Reforma Tributária de 2025 representa uma mudança histórica no sistema fiscal brasileiro. Apesar dos avanços em simplificação e equidade, os impactos nos setores são grandes e exigem adaptação cuidadosa. As empresas precisarão investir em planejamento estratégico, tecnologia e capacitação para lidar com as novas regras tributárias e manter a competitividade.

Setores como logística, autopeças, farmacêutico, tecnologia, bebidas alcoólicas e tabaco, e atacadista serão especialmente afetados e precisarão se ajustar rapidamente. A transição para o novo sistema será gradual, mas seus efeitos se farão sentir em toda a economia. O sucesso da adaptação depende da capacidade das empresas de se ajustarem às novas exigências fiscais e manterem a eficiência em um cenário mais complexo.

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