Declarar o Imposto de Renda é uma obrigação anual para milhões de brasileiros, mas muitos cometem erros que resultam em multas, malha fina ou até complicações futuras com a Receita Federal.
Por isso, para evitar problemas, é essencial conhecer os principais deslizes e garantir que você faça a declaração corretamente.
A seguir, separamos os erros mais comuns e como evitá-los! Continue lendo.
Índice
Omissão de rendimentos
Deixar de declarar algum rendimento, seja do próprio contribuinte ou de dependentes, é um dos erros mais graves. A Receita Federal cruza informações com diversas fontes, como empresas e instituições financeiras, e qualquer divergência pode levar à malha fina.
Portanto, certifique-se de incluir todos os rendimentos tributáveis e isentos, como aluguéis, pensões e ganhos de aplicações financeiras.
Erros nos dados pessoais
Informar dados pessoais incorretos, como CPF, endereço ou números de documentos, pode parecer um erro bobo, contudo, atrasa o processamento da declaração. Portanto, antes de enviá-la, revise cuidadosamente todas as informações para evitar problemas.
Além disso, outro erro comum é informar o CPF de dependentes de forma incorreta ou sem verificar se a Receita Federal já cadastrou corretamente. Essa falha, por sua vez, gera pendências na sua declaração.
Inconsistências nos valores declarados
A divergência entre os valores informados e os registrados na Receita Federal é um problema comum. De fato, erros de digitação ou o esquecimento de incluir fontes de renda dentro da declaração do Imposto de Renda podem causar essa situação. Por isso, para evitar isso, consulte o informe de rendimentos fornecido por empregadores, bancos e outras instituições.
Além disso, a Receita Federal tem um sistema automatizado que compara os valores informados pelas empresas e pelos bancos com aqueles declarados pelos contribuintes. Caso haja divergência, a declaração pode ser retida para verificação, o que pode resultar em fiscalizações ou até multas.
Declaração de dependentes de forma errada
Cada dependente só pode ser incluído em uma única declaração do Imposto de Renda. Aqui estão alguns pontos chave para você se atentar:
- Um único dependente por declaração: cada dependente só pode ser incluído em uma única declaração. Por exemplo, pais separados não podem declarar o mesmo filho como dependente.
- Renda do dependente: se um dependente possui renda, inclua essa informação na declaração de quem o está declarando como dependente.
- Dedução indevida: incluir parentes que não se enquadram nas regras da Receita Federal como dependentes pode resultar em ajustes e penalizações. O dependente deve ter um vínculo legal com o declarante e seguir as regras estabelecidas para ser declarado corretamente.
Despesas médicas sem comprovação
Você pode deduzir as despesas médicas, entretanto, é necessário comprovar essas despesas. Por exemplo, muitas pessoas cometem o erro de incluir gastos sem ter notas fiscais ou recibos. Caso a Receita Federal solicite documentação e você não a apresente, a dedução será desconsiderada e você poderá ser multado.
Além disso, alguns tentam incluir despesas de terceiros que não são dependentes, o que também é um erro facilmente identificado pela Receita. Portanto, para evitar problemas, guarde todos os comprovantes de despesas e, se possível, digitalize-os para facilitar a organização
Erros na escolha do modelo de declaração
O contribuinte pode optar entre a declaração completa e a simplificada. A escolha errada pode resultar em um imposto maior a pagar ou em uma restituição menor. Quem possui muitas despesas dedutíveis geralmente se beneficia do modelo completo, enquanto quem tem poucos gastos pode optar pela versão simplificada. Confira:
- Declaração completa: indicada para quem possui muitas despesas dedutíveis, como gastos com saúde, educação, dependentes, entre outros. Nesse modelo, todas as deduções permitidas pela legislação são consideradas.
- Declaração simplificada: indicada para quem tem poucas despesas dedutíveis. Nesse modelo, há um desconto padrão de 20% sobre a base de cálculo do imposto, limitado a um valor máximo estabelecido anualmente pela Receita Federal.
Para saber qual é o mais vantajoso, é recomendável fazer simulações no próprio sistema da Receita Federal antes de finalizar o envio. O programa da Receita fornece a opção de comparar os dois modelos para ajudar na escolha.
Omissão de bens e direitos
Declarar bens e direitos, como imóveis, veículos e investimentos, é fundamental para evitar sérios problemas. A Receita cruza informações com cartórios, Detran e instituições financeiras, e qualquer inconsistência pode levantar suspeitas. Mesmo que o bem não gere imposto a pagar, você precisa declará-lo.
Se você comprou ou vendeu um imóvel no ano-calendário da declaração, registre a transação corretamente para evitar complicações futuras. Além disso, informe também os financiamentos na ficha de bens e direitos.
Não revisar a declaração antes do envio
Muitos erros podem ser evitados simplesmente revisando a declaração antes de enviá-la. Afinal, o próprio programa da Receita Federal possui ferramentas que alertam sobre inconsistências e campos obrigatórios não preenchidos.
Por isso, antes de enviar sua declaração, confira todas as informações, garanta que os valores estão corretos e certifique-se de que não há omissões. Uma revisão cuidadosa pode evitar dores de cabeça no futuro.
Conclusão
A declaração do Imposto de Renda exige atenção e organização para evitar erros que podem causar complicações com a Receita Federal. Seguindo essas dicas, você reduzirá significativamente as chances de cair na malha fina e garantirá que a Receita processe sua declaração sem problemas.
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