À medida que nos aproximamos de 2024, é fundamental voltar nossa atenção para as novas normativas fiscais que estão a caminho.
Estas mudanças podem representar desafios significativos, mas também oportunidades para os negócios.
Neste artigo, vamos começar a entender o que são essas novas normativas e como elas podem afetar diferentes aspectos dos negócios, desde a gestão financeira até a operação cotidiana.
Independentemente do tamanho ou do setor do seu negócio, estar preparado para as novas normativas fiscais é preciso para manter a operação eficiente e evitar surpresas desagradáveis.
Acompanhe-nos e garanta que seu negócio esteja pronto para enfrentar as mudanças com confiança.
Índice
Efd-Reinf 2024: quais as novas regras e como se preparar
A EFD-Reinf é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e serve como um complemento aos dados fornecidos pelo e-Social.
Seu principal propósito é simplificar as obrigações fiscais e contábeis, tornando o processo menos burocrático e mais eficiente para empreendedores e contadores, contribuindo para a redução do tempo necessário para essas tarefas.
As informações transmitidas através da EFD-Reinf incluem dados para a verificação e cálculo das contribuições previdenciárias não relacionadas à folha de pagamento. Isso abrange rendimentos pagos, retenções de Imposto de Renda, Contribuição Social (com exceção daquelas vinculadas ao trabalho) e detalhes sobre a receita bruta para o cálculo de contribuições previdenciárias substitutas.
Uma vez que a escrituração e os dados do e-Social são entregues, essas informações devem se integrar na DCTFWeb. Isso permite a geração automática de guias de pagamento, ajudando a evitar penalidades e o esforço adicional causado por erros no preenchimento.
A partir de setembro de 2024, a EFD-Reinf assumirá a função de calcular o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para serviços contratados, além das contribuições sociais retidas (PIS, COFINS e CSLL) em pagamentos realizados e outras situações específicas, como o IRRF sobre aluguéis pagos a pessoas físicas.
Consequentemente, não será mais necessário apresentar a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (DIRF) para os eventos que ocorreram desde 1º de janeiro de 2024, que normalmente você iria declarar no ano de 2025.
Receita Federal edita novas regras para tributação de multinacionais
A Instrução Normativa RFB nº 2.161 aborda os aspectos centrais da legislação atualizada, sendo essencial para a implementação do novo sistema fiscal. Esta normativa cobre uma variedade de transações sob seu escopo, introduzindo práticas simplificadas para algumas delas, assim como facilitando o cumprimento de obrigações acessórias.
A Instrução Normativa também estabelece diretrizes para os contribuintes que desejam antecipar a adoção do novo sistema fiscal. Para isso, devem preencher um formulário específico e manifestar essa escolha de forma definitiva durante um período determinado.
A Receita Federal ressalta que certos aspectos da Instrução Normativa, como aqueles que se relacionam às transações com commodities, serão posteriormente detalhados em regulamentações adicionais.
As sugestões recebidas durante a consulta pública sobre essas transações serão de uso para orientar o desenvolvimento dessas regulamentações complementares.
Em termos históricos, a Medida Provisória nº 1.152 foi promulgada em dezembro de 2022, alterando significativamente as regras brasileiras de preços de transferência. Em junho de 2023, essa medida teve conversão na Lei nº 14.596.
O novo regime, que se alinha mais estreitamente com as práticas internacionais, deverá ter aplicação a partir de 2024, mas os contribuintes têm a opção de adotá-lo antecipadamente para 2023.
O regime anterior de preços de transferência do Brasil, estabelecido na década de 90 pela Lei nº 9.430 de 1996, era notavelmente divergente das práticas internacionais, apresentando particularidades que afastavam o país do padrão internacional e impactavam os objetivos das regras de preços de transferência.
A nova legislação é resultado de um projeto conjunto de realização da Receita Federal e a OCDE, visando promover uma alocação justa de renda e evitar situações de dupla não-tributação ou dupla-tributação.
Como essas mudanças podem afetar seu negócio
A principal área afetada é a contabilidade. Com a introdução de novas normas, será necessário ajustar o registro e o reporte dos rendimentos e despesas. Isso pode exigir atualizações nos sistemas contábeis ou até mesmo a adoção de novas práticas de registro financeiro.
Além disso, essas mudanças podem influenciar a carga tributária da sua empresa. Dependendo das alterações nas alíquotas e regras, pode haver um aumento ou diminuição nos impostos a pagar. Isso terá um efeito direto no fluxo de caixa e na lucratividade do negócio.
Outro ponto importante é o planejamento tributário. As novas regras podem abrir oportunidades para estratégias fiscais mais eficientes, mas também podem exigir ajustes para evitar aumentos na carga tributária. Portanto, é preciso revisar e talvez reestruturar seu planejamento tributário em resposta às mudanças.
As novas normativas também podem requerer mais atenção à documentação. Será essencial garantir que todos os documentos necessários estejam em ordem e de acordo com as novas exigências.
Isso é fundamental para cumprir com as obrigações fiscais e evitar penalidades.
Além disso, o cumprimento dessas novas regras pode demandar um maior esforço administrativo. Dependendo da complexidade das mudanças, pode ser necessário dedicar mais tempo e recursos para gerenciar as questões fiscais, o que pode impactar outras áreas do negócio.
Por fim, é importante considerar o impacto dessas mudanças nas decisões estratégicas do negócio. Elas podem afetar desde a precificação de produtos e serviços até as decisões de investimento. Entender como as novas normativas impactam o cenário econômico do seu negócio é fundamental para tomar decisões informadas e sustentáveis.
Ajustando estratégias fiscais e de planejamento financeiro
Compreender as novas leis fiscais é o ponto de partida e isso significa dedicar um tempo para analisar as mudanças e entender como elas se aplicam especificamente ao seu negócio.
Uma vez que você tenha uma compreensão clara das novas regras, pode iniciar o processo de adaptação das suas estratégias fiscais.
Isso pode envolver buscar maneiras de minimizar a carga tributária e identificar possíveis benefícios que as novas normativas oferecem.
Em seguida, é preciso revisar o planejamento financeiro. As mudanças nas leis fiscais podem afetar seu fluxo de caixa e lucratividade.
Por isso, é importante ajustar o orçamento e as projeções financeiras para refletir a nova realidade fiscal. Isso pode incluir reavaliar investimentos, despesas e estratégias de crescimento.
Além disso, a atualização dos sistemas de contabilidade pode ser necessária. Com as novas regras, pode ser preciso alterar como as receitas e despesas são registradas.
Garantir que os sistemas de contabilidade estejam alinhados com as novas regulamentações é fundamental para manter registros precisos e facilitar o cumprimento das obrigações fiscais.
Outro ponto importante é a gestão de riscos. Com as mudanças fiscais, novos riscos podem surgir. Avaliar esses riscos e implementar estratégias para mitigá-los é parte essencial do planejamento financeiro adaptativo.
Ajustar as estratégias fiscais e de planejamento financeiro em resposta às mudanças legislativas envolve entender as novas leis, revisar o planejamento financeiro, atualizar os sistemas de contabilidade, gerenciar riscos e, quando necessário, buscar orientação especializada.
Essas ações são fundamentais para garantir a conformidade fiscal e manter a estabilidade financeira do seu negócio.
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