Iva Entenda O Que E - Contabilidade em Santa Catarina | Amaral Contabilidade

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Em nossa caminhada pelo vasto mundo da contabilidade, nos deparamos com uma série de termos e siglas que, muitas vezes, podem parecer complicados ou distantes de nossa realidade.

No entanto, quando desvendamos o significado e a aplicação desses conceitos, eles se tornam ferramentas valiosas para uma gestão financeira eficiente.

Hoje, vamos falar sobre o IVA, uma sigla que pode não ser familiar para todos, mas que desempenha um papel crucial no sistema tributário de muitos países.

Prepare-se para descomplicar e entender de uma vez por todas o que é o IVA e por que ele é tão relevante. Vamos lá?

Definição de IVA

IVA é a sigla para Imposto sobre Valor Agregado. Mas, o que isso significa na prática? Bom, imagine que você está criando um produto. Em cada etapa da produção, algum valor é adicionado ao produto inicial, seja pela matéria-prima, mão-de-obra ou qualquer outro componente. O IVA é um imposto que incide sobre esse “valor agregado” em cada etapa.

Ao chegar ao consumidor, o preço do produto já inclui todos os IVAs cobrados nas etapas anteriores. Isso significa que, quando você compra algo, já está pagando o IVA embutido no preço, mesmo que não o veja separadamente.

História e origem

A ideia de tributar bens e serviços não é algo novo. Desde os tempos antigos, governos procuravam maneiras de arrecadar fundos para financiar suas atividades, e os impostos sobre vendas ou transações eram comuns em várias culturas.

Com o tempo e o crescimento das economias, percebeu-se a necessidade de um sistema mais sofisticado e justo. Os impostos simples sobre vendas, que apenas tributavam o consumidor final, começaram a ser vistos como insuficientes. Surgiu então a ideia de taxar o “valor agregado” em diferentes etapas da produção.

O sistema que reconhecemos hoje como IVA tem suas raízes na França do século 20. Foi lá, em 1954, que o conceito moderno de Imposto sobre Valor Agregado foi introduzido pela primeira vez. A França buscava um método mais eficiente e menos burocrático de tributação, e o IVA provou ser a resposta.

Com o sucesso do IVA na França, outros países começaram a prestar atenção. Rapidamente, na segunda metade do século 20, muitas nações, especialmente na Europa, adotaram o IVA como parte de seus sistemas tributários. A sua eficiência e capacidade de gerar receita de maneira mais distribuída fizeram dele uma escolha popular.

Qual a diferença entre o IVA e os outros impostos?

Como vimos anteriormente, o IVA, ou Imposto sobre Valor Agregado, incide sobre o valor que é adicionado a um produto ou serviço em cada etapa da sua produção ou prestação. Isso significa que, em vez de tributar apenas o consumidor final, o IVA é coletado em várias fases da cadeia produtiva.

Um imposto que muitas vezes é confundido com o IVA é o imposto sobre vendas. Este último é um valor percentual aplicado sobre a venda de um bem ou serviço, cobrado apenas no ponto de venda final. A grande diferença aqui é que o imposto sobre vendas não considera o “valor agregado” em cada etapa, focando apenas no montante final de venda.

Enquanto o IVA e o imposto sobre vendas são focados em produtos e serviços, os impostos de renda incidem sobre o dinheiro que pessoas físicas ou jurídicas ganham. Este tipo de imposto olha para o rendimento ou lucro, seja de um indivíduo ou de uma empresa, e aplica uma taxa conforme determinadas faixas ou categorias.

Existem também impostos que são direcionados a produtos ou atividades específicas, como os impostos sobre combustíveis, tabaco ou álcool. Esses são geralmente usados para desencorajar o consumo de certos produtos ou para arrecadar fundos para áreas específicas, como saúde ou infraestrutura.

Como vai funcionar o IVA com a reforma tributária?

A proposta de reforma tributária busca principalmente simplificar e equilibrar a coleta de impostos no Brasil, e é aqui que o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) entra em cena. Esse imposto, cobrado de maneira não acumulativa, esclarece o montante real que desembolsamos ao adquirir um produto ou serviço.

Atualmente, o Brasil tem uma ampla gama de tributos. Além disso, cada esfera de governo – seja União, estados ou municípios – pode definir suas próprias taxas, sempre dentro dos parâmetros legais. Essa divisão de responsabilidades ao longo dos anos complicou bastante nosso sistema tributário.

O IVA surge como uma solução, com a ideia do governo de reunir e simplificar essas regras, visando uma taxação mais equitativa, abrangendo setores econômicos e consumidores. Uma das vantagens é que um modelo tributário mais direto facilita a supervisão, já que os cálculos de impostos se tornam mais descomplicados.

Esta simplificação não só proporciona ao governo uma previsão mais exata das receitas, mas também garante um planejamento mais eficaz em relação aos gastos públicos. Em termos simples, ao ter clareza sobre o que irá arrecadar, o governo pode determinar seus investimentos de maneira mais estratégica e sem reviravoltas inesperadas.

Assim, com a introdução do IVA, o governo almeja:

1 – Acabar com a acumulação de impostos, que frequentemente confunde a tributação em diferentes setores;

2 – Facilitar a coleta, eliminando debates sobre a natureza do que se taxa e para quem o imposto se direciona;

3 – Tornar transparente o valor real dos impostos sobre o consumo, uma clareza já presente na maioria das nações.

O que muda com a reforma tributária

Nesta perspectiva da reforma tributária, está previsto um modelo dual de tributação. Em outras palavras, a divisão será em dois segmentos: um sob a tutela da União e o outro, gerido em parceria por estados e municípios.

A alíquota que se designa à União receberá o nome CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que virá para substituir três contribuições já existentes no âmbito federal: o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Já na seara estadual e municipal, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) será o responsável por consolidar dois tributos em um: o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que pertence aos estados, e o ISS (Imposto sobre Serviços), de natureza municipal.

Hoje em dia, essa gama de impostos se aplica cumulativamente ao longo das fases de produção. Contudo, com a introdução da CBS e do IBS, essa abordagem mudará. Assim, como já apontamos, evitará-se que uma mesma etapa produtiva sofra tributação múltipla.

Por que o IVA é tão importante nesse momento?

Dentro do cenário tributário brasileiro, não enfrentamos apenas uma vasta quantidade de impostos, mas também um conjunto extenso de obrigações secundárias que exigem um olhar meticuloso. Quaisquer equívocos ou falhas ao reportar informações podem resultar em prejuízos consideráveis para as empresas. Esse cenário leva muitas organizações, especialmente aquelas com operações mais intrincadas, a manter um time dedicado exclusivamente às questões fiscais, gerando custos adicionais ao empreendimento.

Um aspecto importante a observar é a proposta de eliminar a tributação que se acumulou ao longo dos estágios produtivos. Tal medida alivia grande parte do processo, já que os tributos pagos em uma etapa não influenciarão o cálculo da próxima. Em algumas atividades, essa mudança pode representar uma economia significativa, impactando positivamente os resultados do negócio.

A reforma também sugere que haja coleta do IVA no destino final dos produtos e serviços, em contraste com a prática atual de taxação na origem. Em teoria, essa alteração poderia pôr fim às disputas fiscais entre os entes federativos, fortalecendo a consistência do sistema tributário. Contudo, devemos conduzir essa transição com cautela para garantir que estados com características produtivas e populações reduzidas não vejam suas receitas comprometidas.

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