Ao ouvir a palavra “inflação”, muitos de nós imediatamente pensamos em preços em alta, com o custo de vida aumentando a cada dia.
É um termo amplamente discutido, tanto em noticiários quanto em conversas cotidianas. No entanto, o que poucos se dão conta é que existe o oposto da inflação: a deflação.
Se a inflação nos remete à ideia de preços em ascensão, a deflação é a queda generalizada desses preços na economia.
Mas, assim como seu oposto, a deflação não é apenas uma simples diminuição nos preços das etiquetas em uma loja. Ela carrega consigo uma série de implicações econômicas, algumas das quais podem ser menos intuitivas do que parecem.
Então, se você alguma vez se perguntou o que aconteceria se os preços começassem a cair, continue lendo e descubra o que pode ser feito nessa situação!
Índice
O que é e quais são as causas da deflação?
Deflação é, de forma simples, quando os preços dos produtos e serviços que costumamos comprar começam a cair.
Imagine ir ao mercado e notar que o valor da sua cesta básica está mais barato do que estava no mês passado e continua diminuindo nos meses seguintes. Em princípio, isso pode parecer algo bom, não é? No entanto, quando essa queda se torna uma tendência constante em diversos setores da economia, ela pode trazer complicações.
Em algumas situações, as empresas produzem mais produtos do que as pessoas querem ou podem comprar. Quando há muito produto disponível e pouca demanda, as empresas muitas vezes baixam os preços para tentar vender mais.
Se as pessoas começarem a economizar mais e gastar menos, seja por falta de confiança no futuro econômico ou por outros motivos, as empresas podem baixar os preços para incentivá-las a comprar.
Quando famílias ou empresas têm muitas dívidas, elas cortam gastos para pagar essas dívidas. Isso significa comprar menos produtos e serviços, levando à deflação.
Se as empresas ficam melhores em produzir coisas de forma mais eficiente e barata, elas podem reduzir os preços para refletir esses custos mais baixos.
A deflação é sempre ruim?
Quando pensamos em preços mais baixos, nossa primeira reação pode ser de alegria. Afinal, quem não gosta de comprar as coisas pagando menos?
No entanto, quando essa queda de preços se torna uma tendência generalizada, chamada de deflação, o cenário pode ser mais complexo do que parece.
Se você quiser comprar uma televisão nova, por exemplo, se acreditar que ela estará mais barata daqui a um mês, talvez decida esperar. Se todos pensarem assim, as vendas das lojas caem, levando-as a reduzir produção e, em alguns casos, a demitir funcionários.
Embora os preços estejam caindo, o valor da dívida permanece o mesmo. Isso significa que as dívidas podem se tornar mais difíceis de pagar, especialmente se as pessoas estiverem ganhando menos ou perdendo empregos devido à deflação.
As empresas, ao perceberem que os consumidores estão gastando menos, podem decidir não investir em novos projetos ou expansões, limitando o crescimento econômico.
Porém, nem tudo é negativo. Há situações em que a deflação pode ter efeitos positivos.
Em alguns casos, a deflação pode ser causada porque as empresas estão produzindo bens mais eficientemente, graças à inovação e tecnologia. Neste cenário, a deflação reflete avanços positivos na economia.
Para os consumidores que têm dinheiro disponível, a deflação pode aumentar o poder de compra, permitindo que comprem mais com a mesma quantia.
Em situações onde a inflação é muito alta, uma pequena dose de deflação pode ajudar a estabilizar os preços.
Impactos na economia
Se as empresas vendem menos, seja por deflação ou outros motivos, elas podem começar a demitir funcionários. E quando mais pessoas estão desempregadas, menos dinheiro circula na economia, fazendo o motor perder potência.
Em termos econômicos, se o futuro parece incerto, eles investem menos em novos projetos e inovações.
Imagine ter um salário e, ao invés de gastá-lo, decidir guardar para o futuro porque tem medo de tempos difíceis à frente. Se muita gente fizer isso, as lojas vendem menos, afetando ainda mais a economia.
Bancos são como bombas de combustível para nosso motor econômico. Se eles acham que a economia não está bem, podem ficar mais receosos em emprestar dinheiro. E, com menos crédito disponível, a economia desacelera.
Deflação e o consumidor
Ao pensar em economia, muitas vezes imaginamos grandes salas de conferência com especialistas debatendo gráficos e números. No entanto, as mudanças econômicas afetam diretamente nossa rotina e nosso bolso.
No começo, a deflação pode parecer maravilhosa. Afinal, quem não gosta de economizar? Se os preços caem, com o mesmo salário você pode comprar mais ou gastar menos com as mesmas coisas.
Se a deflação continua, você pode começar a pensar: “E se eu esperar mais um pouco? Os preços podem cair ainda mais!” Esse pensamento pode fazer você e outros consumidores adiarem compras, esperando por melhores ofertas no futuro.
A deflação muitas vezes sinaliza problemas na economia. Assim, você pode começar a se preocupar com a segurança do seu emprego ou com a possibilidade de redução salarial. Isso pode levar a um corte nos gastos não essenciais, como jantares fora, viagens ou compras de luxo.
Lembra daquele empréstimo que você fez? Com a deflação, mesmo que os preços estejam caindo, o valor que você deve permanece o mesmo. Isso pode fazer com que suas dívidas pareçam maiores e mais difíceis de pagar.
Planejando comprar uma casa ou um carro novo? A deflação pode fazer você reconsiderar, pois, além da expectativa de preços ainda mais baixos no futuro, o medo da instabilidade econômica pode fazer você optar por não assumir grandes compromissos financeiros.
Como combater a deflação?
A deflação, com seus preços em queda constante, pode parecer uma maravilha no início, mas como vimos, ela pode trazer alguns desafios para a economia e para nosso dia a dia. Quando os juros são baixos, pegar dinheiro emprestado fica mais barato. Isso incentiva pessoas e empresas a pegarem empréstimos para gastar e investir, o que pode ajudar a aumentar a demanda e os preços.
O governo pode decidir gastar mais em projetos públicos, como construção de estradas ou escolas. Isso pode criar empregos e aumentar a quantidade de dinheiro circulando, incentivando o consumo.
Bancos podem ser incentivados a emprestar mais dinheiro. Com mais crédito disponível, consumidores e empresas podem gastar e investir mais.
Ao desvalorizar a moeda nacional, as exportações podem se tornar mais baratas para outros países, enquanto as importações se tornam mais caras. Isso pode ajudar a aumentar a demanda por produtos locais, elevando os preços.
Às vezes, só de saber que o banco central e o governo estão tomando medidas para combater a deflação, a confiança das pessoas pode aumentar, levando a mais gastos e investimentos.
Em situações extremas, os bancos centrais podem adotar estratégias menos comuns, como comprar ativos financeiros para injetar dinheiro na economia.
No fim, o objetivo é sempre criar um ambiente econômico saudável, onde as pessoas possam trabalhar, gastar, investir e planejar o futuro com confiança.
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